Certa vez, no reinado do rei Salomão, duas mulheres aproximaram-se dele. Uma delas, ao tomar a palavra, explicou ao soberano que ela deu à luz a um filho e a outra mulher que a acompanhava deu à luz a um bebê, três dias mais tarde.
Como estavam sozinhas na casa em que habitavam, numa certa noite, morreu o filho desta mulher, pois ela dormiu sobre ele e o sufocou.
Nesse sentido, a mulher levantou-se de noite e enquanto dormia, esta tirou, silenciosamente, meu filho do meu lado e colocou-o em seu seio. E o filho que estava morto despositou-o próximo a mim. De manhã, quando levantei para amamentar o meu filho, encontrei-o morto, mas examinando-o bem, percebi que não era aquele a quem gerei. Neste instante, a mulher que a acompanhava, respondeu que a mesma não falava a verdade, visto que o filho vivo era seu, e não o da outra senhora. E começaram a discussão perante o rei.
Vendo isso, Salomão mandou trazer uma espada. Quando lhe trouxeram, o rei declarou que iria cortar o menino e dividiria as partes para as duas mulheres para que assim houvesse justiça. A mãe, cujo filho estava vivo, ao ver a tamanha atrocidade a ser cometida, clamou ao rei que desse o menino a outra mulher, e não o matasse. Já a outra senhora, ao contrário, pediu que o rei fizesse o que havia dito, que cortasse o recém-nascido ao meio. Por ser muito sábio, o rei constatou quem de fato era a mãe verdadeira, e deu o recém-nascido àquela que pediu que lhe poupasse a vida.
Não é somente hoje que identificamos a existência de “Mães” e “mães”. Mães que, de fato, assumem, com unhas e dentes, sua vocação; e mães que são meramente “geradoras”, não internalizam dentro si a grande dádiva do Criador colocada em seu ventre. Nesse sentido, quero, hoje, fazer memória e agradecer a Deus por tantas mulheres que não medem esforços para ser canais da sua graça a seus filhos. Mulheres que não cansam de doarem a si mesmas para proporcionar vida, carinho e futuro aos seus. Mulheres que arriscam as suas vidas, para, de fato, traduzirem a palavra Mãe em ato. Creio, firmemente, que uma das mãos de Deus, em nossa vida, tem um nome: Mãe!
Me despeço, enviando neste dia tão especial, um beijo à minha mamãe, Márcia Eliana, e um abraço forte a todas as mães que estão lendo este texto.
Feliz dia das Mães!
Luís Fernando Cruz, seminarista do 3º ano de filosofia.
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